sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Pensamentos de quem nada tem pra fazer...

Digamos que neste exato momento, estou eu aqui sem nada de muito importante pra fazer na Internet e escutando Ella Fitzgerald. Bom, a música as vezes inspira e eu me peguei em um raciocínio meio louco. Toda vez que escuto jazz é como se houvesse em mim alguma lembrança bem inédita, algo que nunca vivi, mas sinto. Então pensei, existiria em cada um algo parecido como uma 'memória histórica'? Nem eu sei explicar exatamente do que se trata isso, porém acredito que não devo ser a única que lembro de algo motivada por um passado comum, um certo senso coletivo. É de conhecimento superficial da maioria que o jazz tem suas raízes na cultura negra, mais precisamente na tradição afro-americana. Para escrever aqui, recorri ao Wikipédia (nem tão confiável) e de forma bem geral, trata-se de um sincretismo entre traços da tradição européia incorporada com a chegada dos africanos e do ritmo e instrumentos da própria cultura africana que sobreviveu ao processo de aculturação. Mas a questão é que talvez eu tendo não só o pé, como praticamente todo o corpo na senzala, sinto algo ao ouvir jazz, um remelexo e um estado de transe, o que de certa forma, bem restrita, confirma minha tese. É um excelente assunto para discutir com pessoas entendidas do assunto, como psicológos e cientistas sociais. Provavelmente descendentes de índios, de italianos, de japoneses teriam um certo prazer em ouvir músicas relativas às suas raízes. Desse modo, termino com a diva:

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

(in)completo?

Não consigo nunca me sentir 'completamente completa' e acredito que não sou a única no mundo. Esperei o ano inteiro pelos deliciosos 2 meses de férias e acreditando que chegaria em dezembro sem carregar nas costas o peso de não ter passado em nenhum vestibular. Bom, consegui enfim as duas coisas, mas sinceramente férias não me agradam. Acordo tarde, como dobrado, durmo a tarde quase toda ou estou no computador. O que se tem pra fazer quando estamos de férias e nao saimos da cidade para um passeio? Nada, realmente nada. Dizem que o ócio costuma aguçar a criatividade, isso talvez para os outros porque comigo não funciona. Talvez ler um livro, assitir a um filme, montar um quebra-cabeça... Mas férias te deixam com mais preguiça que o normal. Não gosto, queria muito, mas quando alcancei o gosto não foi dos melhores. O bom de não se sentir completo é so o fato de você nunca parar, estar caminhando no círculo... é do ser humano, querer, querer e querer novamente.