terça-feira, 26 de abril de 2011

Aos 18

A vontade de fazer 18 anos nunca foi algo desesperador na minha vida, mas sempre existiu uma pequeno desejo de perceber como as coisas seriam. Sábio são os que dizem que quando você quer muito algo, quando ele chega, perde a graça. Francamente, o que isso vai mudar na minha vida além de a partir de hoje eu responder sozinha pelos meus atos e poder ser presa? Sempre nessa vida se arruma um jeito pra burlar as normas de conduta, ou seja, muito do que os tão sonhados 18 anos me proporcionariam em tese, já foram feitos. Além do mais, deveria ser uma data cheia de comemorações e foi um dos aniversários mais nostálgicos de toda minha longa vida. Fiquei só, sem sentir os abraços dos meus amigos, meus pais nas rotinas deles e nem sequer pude atender as ligações feitas a mim por não estar em casa. Para piorar ainda mais, tive um presente de aniversário nada agradavél, falar e discorrer a respeito da obra de Karl Marx para fins avaliativos. Conselho de quem já viveu, não espere pelos 18 anos, isso não muda nada na praticidade da vida. Hoje me vejo cada vez mais velha, não que os janeiros a mais me incomodem, mas é um pouco triste ver que infelizmente eu não vivi cada momento até aqui como eu realmente gostaria. Talvez seja isso o produtivo que a idade me traga, um exame de consciência para passar a levar a vida de uma maneira mais leve e proveitosa.

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