quinta-feira, 12 de agosto de 2010
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O ser humano além da não utilização adequada e circunstancial da linguagem, não sabe também interpretá-la. Não sei se já pararam um minuto para pensar ou vivenciaram situações nas quais uma interpretação errada do que foi dito pode ter como consequência o fim de ilusões ou coisa pior. Por que queremos tanto ver além do que é dito, fazer duplas interpretações? Analisamos poemas, letras de canções, cartas ou até simples conversas; queremos mais que a objetividade, chegamos as vezes a distorcer falas para adequa-las ao que necessitamos no momento. Nós somos carentes, necessitados de afeto, palavras significativas, diálogos, frases que mostrem como somos importantes... Não quero parecer extremista, embora saiba que talvez seja pois os sentimentos, mesmo que não notemos, são radicais e quando escrevemos inevitavelmente isso transparece. Mas fato é que atualmente o tempo tem nos tomado algo que não devia ser colocado em segundo plano: o contato. Estamos tão vazios que manipular a linguagem ao nosso favor foi a forma encontrada para em 5 minutos desfrutarmos do tato acolhedor, do prazer de termos significado. Como seria bom termos o dom - embora acredite que realmente na sua existência - de pausar o tempo para realizarmos alguns ajustes de forma concreta, não banalizando a linguagem, antes que seja tarde de mais. O que realmente precisamos é de sintonia.
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Isso é por causa de um papo de doido?
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