sexta-feira, 17 de setembro de 2010
Para quê abstrações?
Uma das minhas características mais marcantes é o senso de observação e minha capacidade de percepção. Encho a boca para dizer estes meus atributos, mas muitas vezes sinto uma raiva enorme ao pensar neste presente de grego que os astros me concederam. Desculpem pelo tom pejorativo que 'grego' acaba de assumir acima. As coisas acontecem na minha vida e eu desfruto dos prazeres delas durante um intervalo mínimo de tempo, já que meu complexo pela realidade e a intensa mania de observar, avaliar e perceber, nesta sequência, corrompem as minhas abstrações. Odeio ideias abstratas, utópicas, porque são impossíveis de concretização, fogem do plano palpável. Elas são capazes de criar a mente dos romancistas, que idealizavam tudo e viviam neste mundo de admirar e se satisfazer apenas com essa migalha fantasiosa. Muitos defenderiam o mundo das fantasias "nele você pode ser quem quiser", "na imaginação tudo é possível". Uma ova, recorra a realidade, pense no concreto por um minuto que ele te mostrará que tudo isso não passa de idealizações da sua mente. Mas o que me deixa mais indignada é pensar -e agora caio em uma completa incoerência - que eu termino este texto, a raiva passa, as abstrações aparecem maliciosamente novamente e uma hora meu instinto de realismo me dará uma nova rasteira onde o tombo mais uma vez será grande. Enfim, é um ciclo vicioso inevitável.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
café, seus textos e sua forma de expressar seus pensamentos estao cada vez melhores! parabéns amiga. jordana
ResponderExcluirque lindo joord! você passou por aqui :)
ResponderExcluirobrigada!